quinta-feira, agosto 31, 2006

Sem justificar, faça alguma coisa por favor!

1-) Clicando no título podemos ver o que Lula disse sobre o pífio crescimento da economia em 2006. Faça algo para mudar este quadro sr. presidente.

Quando li no jornal que os aposentados vão ter metade do décimo terceiro salário antecipados em setembro, pensei: A fatura da eleição está liquidada. Acreditei até que Lula não seria candidato em certa ocasião, hoje penso que ele pode encomendar o terno da nova posse.
Outros fatos corroboram minha dedução: Pesquisa CNT/Sensus mostra que Lula cresce, Heloisa Helena e Alckmim caem. Após o início dos programas televisivos, grande esperança dos outros dois concorrentes, nada aconteceu, ao contrário, favoreceu Lula. Outro dado que parece ser a pá de cal nas candidaturas oposicionistas, a rejeição de Lula é a menor hoje, 25%, contra 42% de Alckmim, 50% de Heloisa Helena. Mesmo em um remoto segundo turno Lula estaria eleito fácil.
Não creio que o radicalismo sugerido pelo PFL possa reverter o quadro, perderam o “timing”, agora a Inês é morta diriam em Portugal. Todas as pesquisas convergem para a eleição definida no primeiro turno e o tempo agora corre a favor de Lula. O eleitor humilde, base da pirâmide social, pragmático, recebe os benefícios e não quer mudar para não correr riscos.
Cabe ao novo virtual presidente ficar alerta para alguns fatos que explodem agora em mais um show de coisas erradas e trapalhadas que poucos percebem, ou fingem-se de surdos e mudos. Com minha voz já rouca não me canso de denunciar e espernear:
(1-) O Brasil mais uma vez ficou em 123 em 129 países no quesito crescimento econômico. Já havia denunciado o absurdo. A projeção original de 4,3% para 2006 está agora de 3,5%, ou seja, nadando contra a correnteza da prosperidade mundial mais uma vez. Chega de falar nisso para não ficarmos redundantes.
(2-) Um Ranking organizado pela poderosa FIESP (Federação das Industrias de São Paulo) com 43 países e medindo a competitividade destas nações coloca o Brasil em 38 , isso mesmo. Os países emergentes estão nos tirando uma chance futura de competitividade em um mundo cada vez mais interagido e globalizado.
(3-) Para os países emergentes (Chile, Coréia, México, Rússia, China, Índia, Polônia e alguns mais), perdemos feio e disputamos agora nos indicadores econômicos, posição com Equador, Haiti, Honduras e até com países africanos. Até Nações em guerras superam o Brasil em vários indicadores, aproveitando a maré mundial de progresso.
(4-) Nossa carga tributária bate novo recorde chegando a 37,37% do PIB. Triste sina brasileira vendo aumentados os gastos públicos, rombo na previdência e a ânsia pela arrecadação. O aumento dos dispêndios correntes e despesas de governo são intocáveis. Investimento em infraestrutura nada. Juros bancados pela nação na dívida pública crescente continua na mesma moeda da usura sem chance de redução atravancando o crescimento e enchendo o bornal da banca agradecida.
(5-) Pesquisa revelada pela revista Veja mostra o desencanto do eleitor onde o desinteresse é muito grande pela eleição a menos de 35 dias. O recorde de votos nulos e brancos baterá nas nuvens sendo motivo de manchete e pilhéria na mídia mundial. O povo brasileiro dará a demonstração de sua apatia e desconhecimento somado com a acomodação, desinteresse, culminando no que assistiremos em outubro próximo. Tragédia em vários atos seguindo em frente e avante, mostrando qual é o perfil do nosso eleitor. Paradoxalmente o eleitor consciente deverá fazer o protesto no voto, o “povão” sufragará Lula e quem lhe der as incorretas vantagens ou promessas, ou seja, o mau político que prevalecerá nesta eleição.
Com a eleição praticamente definida aumenta a falta da avidez natural em pleitos eleitorais. O executivo pode levar a coisa da maneira que o Brasil precisa no próximo mandato. Lula, agora experiente e com mais maturidade talvez possa fazer um bom governo. A Esperança é a última que morre, fazer o que?
O plebiscito vai funcionar nesta eleição, mas ele mostrará uma face da nossa sociedade que não gostaria de descortinar. Uma pena.

sábado, agosto 19, 2006

Sabem o que é BRIC?

1-) A verdade que poucos enxergam

A Goldman Sacks criou o termo BRIC, que reúne no jargão, Brasil, Rússia, Índia e China. Estes países poderiam em 40 anos ser como os do G 6 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Inglaterra, França e Itália). Sabe o que aconteceu com a China, Índia e Rússia nos últimos anos? E com o Brasil?
Temos indicadores de paises africanos mesclados com alguns de primeiro mundo, já fomos a oitava economia do mundo, hoje somos a décima, mas poderíamos ser a quinta, chegamos a ser a décima quinta. O Brasil cresce há mais de dez anos menos que a média mundial em torno de 4,0%. Este ano projeta-se algo na faixa de 4,3% ,mas ficaremos ainda abaixo dá média global. Exemplo: O crescimento global médio foi de 4,5% nos últimos 10 anos o do Brasil 2,3%, perda de 56% mostram estudos.
Não adianta culpar só PT, este quadro vem desde a década de oitenta. O Brasil precisa de 3,5% de crescimento do PIB médio para começar o jogo. Nosso crescimento vegetativo não suporta em condições sociais justas números menores. É tiro no pé. As questões de falta de infra-estrutura são críticas, mas as conjunturais são piores, devem e precisam ser atacadas. Nossa política econômica em nome da estabilidade da moeda é veneno no futuro do país.
A revista Veja pegou a opinião de sete economistas com premio Nobel, resumidamente a situação é esta. A Pergunta foi: Porque o Brasil não cresce igual à China e Índia?
Respostas: Reorganização tributária na China e Índia, enquanto nós aqui só aumentamos a carga (40% do PIB). O peso da burocracia e educação ineficiente, ruim. A corrupção e assalto dos grupos de interesses. A falta de estabilidade conseguida a duras penas. Protecionismo sufocante. Falta de poupança. Uma visão acadêmica, pertinente, macroeconômica.
Vou dar também minha humilde colaboração: Parece que estamos com uma temperatura média do corpo humano boa, mas a cabeça no forno e os pés no freezer. Alguém sobrevive assim? Dá para acreditar que se acerta o alvo errando um metro para direita e outro metro para esquerda? Os juros campeões do globo são a trava do crescimento com a concentração de renda.
Enquanto Bancos aumentarem ano a ano 45% real nos seus lucros, estamos dando prioridade ao financeiro sobre o produtivo. Monopólio inaceitável e perverso. Juros campeões do planeta são a pior praga que emperra o setor produtivo. As maiores empresas produtivas tiveram redução de lucros na faixa de 7% no primeiro semestre. Mesmo com a demanda mundial forte dos países em crescimento ainda tivemos problemas cambiais que desequilibraram o mercado e queda de exportações em alguns segmentos. Pergunta: Banco tem problemas com cambio?
As margens de rentabilidade (lucro/ativo) média das empresas no primeiro semestre foram de 2% a dos bancos 17%. Vergonhoso e absurdo. A situação poderia estar pior para o setor produtivo se não estivéssemos remando a favor na correnteza mundial da economia em expansão. Esqueçam Itaú, Bradesco e Unibanco com indicadores perfeitos e absurdos, o Banco do Brasil teve aumento de 95% no seu lucro do primeiro semestre de 2006 comparados a 2005. Pode isso? Quem paga a conta?Vamos deixar clara aqui uma coisa, lucro é combustível da geração de riqueza, não sou contra lucros, ao contrário. Sou contra abusos. A situação vem acontecendo desde a década de oitenta com problemas estruturais e conjunturais. Olhem o BRIC, incluam ai Chile, Polônia e outros países emergentes para chegar a conclusão que caminhamos dois passos à frente e um atrás há muito tempo. É Óbvio que a política econômica poderia mudar o quadro. Os exemplos acima não bastam?Espero que nesta eleição os candidatos apresentem suas propostas e abordem o tema com sinceridade. Precisamos saber os planos futuros e tentar manter a frágil esperança.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Futurologia ou Análise?

1-)Artigo que merece o registro

A última cidadela de Lula É só clicar no título para ver o artigo completo.
Carlos Marchi, repórter político de O Estado de S. Paulo

Fiz um resumo dos principais pontos do artigo. Independente de gostarmos ou não a análise é sensata e merece o registro.

Ontem Noblat me perguntou se Lula vai levar no primeiro ou se haverá segundo turno. Não era uma conversa de magos, mas de jornalistas, razão pela qual falávamos de probabilidades, não de adivinhações. Digo: que o primeiro turno será muito mais difícil do que aparenta agora e que, se houver segundo turno, pela lei das probabilidades, Lula perde.

As 20 razões para entender por que Lula deve perder a eleição: (resumidas)


1. Hoje Lula é vitalmente dependente dos seus salvadores índices do Nordeste. Segundo a última pesquisa Ibope, se considerarmos, por hipótese, apenas as outras quatro regiões (sul, sudeste, norte e centro-oeste), Lula ganharia apertado no primeiro turno por 37% a 32%, mas num segundo turno Alckmin venceria por 46% a 41%. No Nordeste, Lula desafoga por 69% a 22%, mas é bom lembrar que o nordeste representa apenas 27% dos votos brasileiros (São Paulo sozinho representa mais de 22%).

2. A mesma pesquisa Ibope aponta que, no segundo turno, Alckmin vence no sul (46% a 40%) e no sudeste (46% a 40%) e empata no conjunto norte/centro-oeste (46% a 44% para Lula, com diferença dentro da margem de erro). Por aí se vê que as quatro regiões parecem pender a favor de Alckmin antes mesmo de começar o horário eleitoral gratuito, trunfo maior do tucano, e num momento em que Alckmin ainda tem razoável índice de desconhecimento.

3. Depender do Nordeste para ganhar uma eleição presidencial é um risco enorme. Lá está o eleitorado mais influenciável e mutante, em razão do baixo índice cultural e das más condições sociais.


4. Alckmin está mirando fixo no eleitor nordestino.

5. De fato, a última pesquisa Ibope mostra que Alckmin cresceu 14 pontos porcentuais no norte/centro-oeste, 4 pontos no Nordeste de Lula, 8 pontos no sul, 11 pontos nos municípios até 20 mil habitantes e 8 pontos no interior. Todos esses grupamentos - principalmente as cidades com menos de 20 mil habitantes e o interiorzão - englobam grotões. Já Lula ficou estável em todos eles e ainda caiu forte no Sul (de 42% para 37%).

6. A aposta de Lula no Bolsa Família - um contingente que não passou da 4ª série do ensino fundamental e cuja maior concentração está no Nordeste - se explica pela mudança substancial do perfil de voto recebido por ele ao longo das quatro eleições presidenciais a que concorreu. Segundo estudo do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop), da Unicamp, 67% dos que votaram em Lula em 1989 eram analfabetos ou tinham só o 1º grau; em 1994 esse número caiu para 59,4%; em 1998 se manteve estável em 59,9%; e em 2002 voltou a cair para 52,8%.

7. Está claro que, ao longo das eleições, Lula perdeu uma parte importante do seu eleitorado preferencial. Em 1989, 2/3 dos seus votos estavam na classe menos instruída; 13 anos depois, esse segmento contribuía apenas com a metade dos votos totais dele e a composição do voto lulista foi engordada pela adesão da classe média. Agora, ao perder segmentos importantes da classe média por conta dos escândalos de corrupção, o presidente correu a compensar com o resgate dos votos perdidos entre os pobres.

8. Na distribuição dos votos por regiões, a situação é parecida. Em 1989, metade (49,4%) do eleitorado de Lula estava no sudeste; em 1994, esse contingente reduziu-se a 41,8%; em 1998, cresceu a 44,5%; em 2002 voltou a cair a 42,4%. Agora, em abril, as pesquisas apontaram que esse índice estava em 33%. A presença do Nordeste na composição do voto de Lula, que era de 31% em 1989, caiu para 28% em 1994, para 26,5% em 1998 e se alçou a 27,3% em 2002. Agora deu um salto espetacular para 41,3%. Essa é a chave para entender a necessidade de Lula reconquistar as antigas fontes do voto fácil: o voto dele está migrando fortemente do Sudeste para o Nordeste; e o voto dos mais pobres volta a crescer na composição do voto lulista.

9. Traduzindo em miúdos: a composição e a distribuição dos votos potenciais de Lula são, neste momento, muito pouco homogêneos. E eleições têm algumas regras sagradas. Da mesma forma que ninguém (com exceção de Juscelino Kubitschek) se elegeu presidente sem vencer em São Paulo (e Lula está perdendo), ninguém chega ao Planalto sem ostentar uma distribuição de voto homogênea. Tanto mais grave se essa votação heterogênea tiver prevalência de votos em regiões periféricas, influenciáveis pelos grandes centros. Por uma ótica antropológica, é muito mais crível esperar que o voto do sudeste influencie o voto do nordeste do que vice-versa.

10. Lula terá sérios problemas quando começar a propaganda eleitoral gratuita dos candidatos. O primeiro deles é que terá 7 minutos e 21 segundos diários contra 10 minutos e 22 segundos de Alckmin.

11. Lula terá a inevitabilidade de enfrentar, na campanha de TV e rádio, o recrudescimento do tema da corrupção.

12. Mas não é só. Entre os principais candidatos, além de Alckmin, Lula terá dois rivais dispostos a extrair-lhe o fígado pela boca - os senadores Heloísa Helena, do PSOL, e Cristovam Buarque, do PDT. E o mais complicado é que os dois vieram do próprio PT e, por isso, têm credibilidade nos ataques e críticas.

13. Para recuperar índices razoáveis de intenção de voto e da avaliação do governo, Lula gastou fortunas, no primeiro semestre, numa das mais rechonchudas mídias oficiais já vistas no país. Mas depois de apenas um mês sem propaganda, tanto sua intenção de voto quanto a avaliação do governo começaram a cair. Essa dupla queda combinada é um péssimo sinal - mostra que a ascensão anterior não teve lá grande consistência.

14. Do outro lado, Alckmin conseguiu sair de um patamar baixo de intenção de voto sem precisar de muita exposição pública. Ele cresceu em todas as regiões apenas com os programas do PSDB e comerciais partidários distribuídos ao longo de junho, além da mídia editorial - que ajuda pouco aos candidatos.

15. Sem propaganda, em São Paulo, estado que governou por 5 anos, Alckmin ganha de Lula por uma diferença quase igual à de Lula no país inteiro. No país, segundo a última pesquisa Ibope, Lula venceria no primeiro turno por 44% a 27%; Alckmin venceria em São Paulo por 43% a 33%. No segundo turno, Lula venceria no país por 48% a 39% e o tucano ganharia em São Paulo por 51% a 37%. A comparação é abstrata, dirão contrariados lulistas, porque a eleição que vale é a nacional.

16. E não é só o argumento. A quantidade de obras visíveis que Alckmin fez em São Paulo e vai mostrar na televisão é impressionante. Lula vive falando em comparar seu governo com o de Fernando Henrique; pois bem, o governo Lula será comparado com o governo Alckmin. E, pelo conjunto da obra, o petista perde feio, vocês, de outros estados, verão na televisão, a partir de 15 de agosto.

17. O estilo "pai dos pobres" de Lula, o jeito informal e meio esculhambado, os erros de português, as gafes, a mania de falar demais, no melhor estilo Fidel (ou seria Chávez?), a insistência de palpitar em tudo (nem sempre de forma adequada), tudo isso já cansou. As pessoas ainda não se deram conta disso porque não se constituiu, de forma física e visível, a alternativa a Lula, a encarnação do anti-Lula. Quando o eleitor se der conta - como parece que começou a dar-se - periga virar hemorragia.

18. Alckmim em 8 eleições, ganhou 7 e só perdeu 1, no olho mecânico. Ele tem a fórmula da vitória e ela passa por operar uma campanha suave, educada, didática.

19. Alckmin vai usufruir, na campanha, da credibilidade natural que têm os médicos, personagens mais importante para as famílias, principalmente no interior.

20. Outro dia Serra reconheceu (e olhe que para Serra reconhecer isso é porque deve ser verdade): "Alckmin é o melhor de nós (tucanos) todos na televisão". Ou seja: não chega a ser um estouro de carisma, mas é eficaz.

Cobrem-me o resultado final desse exercício de probabilidades no final de outubro.



quarta-feira, agosto 02, 2006

Não podemos ficar calados!

1-) Até quando vamos aturar isso?

Assistimos recentemente o caso da condenação da jovem paulista, Susane, assassina confessa dos pais com dois comparsas motivados pela herança. Luta inglória que o clamor popular e a exploração da mídia já tinham definida a sentença, confirmada pelo júri. Como sempre a lei brasileira, cheia de brechas, vai nos surpreender com um recurso qualquer a favor da jovem. Ridículo, a pena máxima aplicável no Brasil ser de 30 anos, mas a réu cumprindo um terço da pena estará livre.
O caso escandaloso, ultrajante e revoltante passou meio desapercebido na mesma semana. Há três anos atrás um casal de jovens, ele de 19 e ela de 16 anos, saíram para acampar escondidos dos pais. Furor da paixão adolescente. Nada demais um fim de semana de amor e aventura. O pior estava por vir quando quatro elementos, três maiores e um menor encontraram o casal na mata de Embu-Guaçu perto de São Paulo. O jovem foi executado logo no começo. Talvez na tentativa de defender a amada pressentindo o que viria pela frente.
A menina, de classe média, bem educada , passou três dias de terror sendo seviciada e estuprada pelos marginais e depois morta, liderados por um tal “champinha”, menor de idade, na época com 16 anos também. O jovem patife era velho conhecido marginal da região.
Existe um tal de Estatuto do Adolescente, uma das excrescências da constituinte de 1988, onde o menor de idade é inimputável. Isso quer dizer: O menor, caso deste biltre, ficará confinado na FEBEM até completar três anos de “internação”, saindo lesto e alegre sem responder pelo crime quando atingido o regime máximo. Isso mesmo, o tal “champinha” será solto agora enquanto os outros vagabundos foram condenados, mas com as mesmas prerrogativas da jovem assassina dos pais.
O assassino menor na época sairá agora e cometerá outro crime breve, pode apostar. Além da sensação da impunidade gerada, ele é meio retardado mental segundo a mídia.
Quantas “Lianas” precisam ser mortas por menores para sabermos que o tal Estatuto do menor é uma farsa?

Precisamos rever algumas coisas da constituinte de 1988, uma delas é este deplorável Estatuto. Por que não diminuir a idade penal? Jovem de 16 anos não faz quase tudo, não vota? Com o avanço tecnológico, da mídia e informática, adolescentes de 16 anos são maduros para o sexo, para o voto, para a internet e para muitas coisas mais. Porque não seriam para cumprir por crimes e sofrer sansões penais? O amadurecimento chega cada vez mais rápido e não podemos comparar adolescentes de hoje com os da década de 80 ou de 70.
Uma calamidade que existe aqui no Brasil é a colcha de retalhos com leis ultrapassadas da década de 30, com remendos oportunistas como o de 1988 e mais emendas que são enxertadas no elefante branco da nossa constituição. Nos Estados Unidos a constituição tem 300 anos, simples, pragmática e funcional.
Mais uma caso para repensarmos nossas leis. Outros virão, mais “Lianas” e “Susanas” ficarão expostas na mídia para aclarar nossa revolta e protesto, mas onde está a ação? A mudança?. Quantas injustiças e consternação não devem ocorrer com o pobre e anônimo cidadão que enfrenta a tragédia e depois bons advogados de defesa endinheirados por réus e criminosos que tripudiam nossas leis?
Não existe culpado, existe uma situação estrutural que precisa ser mudada. Não podemos assistir passivos mais este ultraje das leis brasileiras.