quarta-feira, setembro 28, 2016

A revisão da democracia ou a atualização da democracia?


A revisão da Democracia? Ou atualização?

A palavra democracia tem origem no gregodemokratía , composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). O poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal, o voto e teoricamente eleições, plebiscitos e outras formas de consultas a população.
O historiador Belga David  van Keybrouck, autor do livro: Against Election- The case for Democracy  levanta polêmica sobre o que ele chama de cacofonia das redes sociais que inibe e enfraquece o debate político pelo barulho produzido e excesso de informações.
Ele não combate a democracia, mas chama a reflexão para estes pontos e aponta a possibilidade da vitória de Trump e a Brexit (saída do Reino Unido da União Européia) como exemplos. Quem tiver interesse emver a resenha do The Guardian: Clique e leia.
A veja 2.497 da semana de 28/09/2016, nas páginas amarelas,  tem a entrevista de David  van Keybrouck  também.
Pois bem, eu vou além e chamo a reflexão mais um ponto: A presença do marketing político em excesso que vende candidatos e propaga ideias como produtos, com estratégia de comunicação e recursos que nem sempre são garantias de interesse público. Aliás, quase sempre vão contra o interesse público.
Vou citar um exemplo só, a eleição de 2014, quando a peso de ouro o marqueteiro, agora preso, mentiu e criou o que chamei de país das maravilhas e acabamos entrando em uma grande crise política, institucional e agravando a crise econômica totalmente alienada do debate na campanha, ou distorcida, para cumprir seus objetivos eleitorais.
O historiador belga sugere alguns modelos, como um sorteio entre eleitores preparados para o tema, mas acho que fica ininteligível a idéia e , sinceramente, não sei se funcionaria.
Ele insiste em crise de legitimidade e eficiência da democracia.
Posso concordar com a questão da eficiência, da legitimidade seria outro debate, mas precisaria haver alternativas e opções. Prefiro ainda ficar com Winston Churchill na sua célebre frase:
 "A democracia é a pior de todas as formas de governo, excetuando-se as demais." 
Desde  a origem da democracia na Grécia antiga a dinâmica vem sendo cada vez mais intensa e de alguns anos para cá é quase exponencial, incontrolável. Os processo tecnológicos, a sociedade da informação na era do conhecimento do século  XX  introduziu conceitos e valores sociológicos, econômicos e políticos que causaram a revolução e o abalo de algumas estruturas e instituições milenares.
Não custa lembrar que em nome da democracia muito foi feito para o mal, e só para exemplificar talvez o maior de todos: Adolf Hitler que chegou ao poder pelo voto e sua obra deixou um rastro de sangue e destruição.
A reflexão provocada pelo historiador belga me atiça a levar o tema que há muito vinha me corroendo. A questão do marketing político que substitui o candidato, muitas vezes mal intencionado, por um produto amado e perfeito. O excesso de dinheiro acaba alimentando este ciclo vicioso que encarece as campanhas, enrique marqueteiros e busca na corrupção o sustento e alimentação do ciclo.
O caso da história recente do Brasil é nítido. O escritor belga não deve ter atentado para o problema do Brasil, mas entraria facilmente no seu contexto e controvérsia.
Obama usou as redes sociais como ferramenta e hoje ela é fundamental para qualquer  cidadão, aliás para a humanidade. Não vivemos sem elas, mas elas podem estar trazendo coisas ruins, quase tudo na vida é via de mão dupla.
A maior participação e interação da sociedade em temas diversos, inclusive a política é uma das maiores virtudes, mas o alerta dado será pertinente? Existe a superficialidade do debate com o excesso de informações recebidas?  Pode ser.
A participação cada vez mais efetiva da população pode produzir efeitos negativos e isso é o alerta dado pelo belga.
Levantei  mais uma: O excesso de dinheiro e o marketing político precisa ser analisado, posso até inferir que este fenômeno da superficialidade favorece a “venda” de produto no palco político.
O mundo mudou muito e cada vez mais rápido. Como adequar ou atualizar uma instituição tão importante e milenar como a democracia?
A liberdade e os erros que ela produzir valem o risco? Ou será que não é o momento de cairmos na reflexão e encontrar caminhos para enfrentar estes riscos?
Não tenho a solução e nem a pretensão de encontra-la, mas o livro de Keybrouck mostrou que a democracia, mesmo sendo o melhor sistema que existe, precisa de melhorias ou de consertos.
Vamos deixar para os sociólogos, filósofos e políticos sugerirem alternativas e opções, aliás, todos podem, assim funciona a democracia.
E deixar mais uma questão controversa: A democracia serve mesmo a todos os países, culturas, condições sócio-econômicas? Ela deve ser a panacéia como sistema político?

As eleições 2016- Reta Final - Hora de decidir



Antes um comentário sobre a eleição americana: Vi o debate. Trump foi agressivo e se mostrou muito despreparado. Hilarry continua favorita na minha opinião. Debate não é determinante na eleição americana, mas como eles estão muito próximos, tanto na rejeição como na intenção, a preformance nos debates pode influenciar.
Aposto ainda em Hillary, mas eleição e mineração, só depois da apuração.
Até poderia votar em Trump, mas ele perdeu meu hipotético voto no debate. Não que goste de Hillary, mas ela é muito mais preparada e experiente do que Trump. Começo a concordar que se Trump ganhar a eleição, e não será impossível, o mundo vai tremer nas suas bases. Como gosto de dizer: #prontofalei.

Vamos ao que nos interessa, as eleições aqui na reta final. Hora da decisão.

Vamos lá fazer algumas considerações e quem sabe previsões:
  1. É inegável e tenho dito informações. O povo está mais ligado e antenado. As redes sociais fazem seu papel. O MP está vigilante e atuante. Isso está sendo bom. Esta eleição será um teste para 2018 em vários pontos. Vamos observar. 
  2. As pesquisas podem errar, mas eu acredito em estatística. Manipulações são possíveis, mas têm limite. A credibilidade de quem faz é o limite.
  3. BH segundo turno Kalil x João Leite . Favorito João Leite, mas será disputada a eleição e Kalil pode sim surpreender, apesar de pouco provável. Parece que a sentença está dada aqui. A performance boa do Rodrigo Pacheco que deve chegar a 5% ou mais não foi suficiente para mudar o segundo turno. Délio Malheiros parece que não empolgou, mas um detalhe importante. Márcio Lacerda tem 58% de rejeição e isso pode estar atrapalhando Délio;
  4. Rio - Tudo leva a crer que segundo turno será entre o João Paulo x Crivela. Crivela com muita vantagem, mas segundo turno é outra eleição. Ainda embolada a definição pelas pesquisas, mas pelas tendências, deve dar o candidato do atual prefeito Eduardo Paes, que conta com a máquina também.
  5. São Paulo - Subida vertiginosa de João Dória, com discurso anti-político, parece que colou. Deve disputar o segundo turno com Russomano, mas é franco favorito. Pode encomendar o terno da posse.  Marta paga a conta ainda do PT? Pode ser. O Atual prefeito petista não irá ao segundo turno, como já disse há muito tempo atrás. Ele subiu nas últimas pesquisas, mas seria improvável ir ao segundo turno, até porque tem rejeição de 70%.
  6. O PT toma uma surra, como era esperado. No Brasil todo e parece que ganha só em Rio Branco no Acre. 
  7. O imponderável acontece em eleições, mudanças e surpresas, mas exatamente faltando 5 dias, estas pesquisas dão o tom e devem ser confirmadas com pequenas alterações.
  8. Destaque para ACM Neto em Salvador e Tereza Jucá em Boa Vista com mais de 60%. Dando show e principalmente na Bahia, reduto petista forte que ACM Neto começa a desmontar. 
  9. A relação das pesquisas recentes e suas estatísticas estão aqui abaixo:
PESQUISAS RECENTES NAS 26 CAPITAIS:

Belo Horizonte - MG (Datafolha 26/09)
João Leite (PSDB) - 32%
 Alexandre Kalil (PHS) - 18%
 Délio Malheiros (PSD) - 6%

São Paulo - SP (Datafolha 26/09)
João Doria (PSDB) 30%
 Celso Russomanno (PRB) 22%
 Marta Suplicy (PMDB) 15%

Maceió - AL (Gape 23/09)
Rui Palmeira (PSDB) 37%
 Cícero Almeira (PMDB) 25%
 JHC (PSB) 14%

Manaus - AM (Instituto Diário 25/09)
Artur Virgílio Neto (PSDB) 40%
 Marcelo Ramos (PR) 24%
 José Ricardo (PT) 8%

Teresina - PI (Amostragem 13/09)
Firmino 45 (PSDB) 44%
 Dr. Pessoa (PSD) 28%
 Amadeu Campos (PTB) 9%

Campo Grande - MS
 Marquinhos Trad (PSD) 33%
Rose Modesto (PSDB) 24%.
 Alcides Bernal (PP) 11%.

Porto Alegre (Bureau 24/09)
 Sebastião Melo (PMDB) 23%
Nelson Marchezan Júnior (PSDB) 15%
 Raul Pont (PT) 12%

Belém - PA (Paraná Pesquisa 16/09)
 Edmilson (PSOL) 33,9%
 Éder Mauro (PSD) 21,3%
Zenaldo Coutinho (PSDB) 19,7%

Cuiabá - MT (Gazeta Dados 20/09)
 Emanuel Pinheiro (PMDB) 25%
 Procurador Mauro (Psol) 24%
Wilson Santos (PSDB) 18%

Natal - RN (Consult 19/09)
 Carlos Eduardo (PDT) – 54.5%
 Fernando Mineiro (PT) – 6.3%
Márcia Maia (PSDB) – 6.3%

Recife - PE (Datafolha 26/09)
 Geraldo Julio (PSB) – 38%
 João Paulo (PT) – 26%
Daniel Coelho (PSDB) – 14%

Curitiba - PR (Ibope 19/09)
Rafael Greca (PMN) – 45%
 Gustavo Fruet (PDT) – 16%
 Requião Filho (PMDB) – 8%

Florianópolis - SC (Ibope 16/09)
Gean Loureiro (PMDB) 33%
 Angela Amin (PP) 27%
 Elson Pereira (PSOL) 13%

João Pessoa - PB (Veritá 27/09)
Luciano Cartaxo (PSD) 45%
 Cida Ramos (PSB) 21%
 Charliton (PT) 2%

Macapá - AP (Ibope 16/09)
Clécio Luis (Rede) - 27%
 Aline Gurgel (PRB) - 18%
 Gilvam (PMDB) - 12%

Palmas - TO (Serpes 20/09)
Carlos Amastha (PSB) 34%
 Raul Filho (PR) 21%
 Claudia Lelis (PV) 19%

Salvador - BA (Paraná Pesquisas 22/09)
ACM Neto (DEM) 69%
 Alice Portugal, (PCdoB) 10%
 Pastor Sargento Isidório (PDT) 7%

Fortaleza - CE (Datafolha 23/09)
 Roberto Cláudio (PDT) - 34%
Capitão Wagner (PR) - 28%
 Luizianne Lins (PT) - 15%

Goiania - GO (Grupom 23/09)
 Iris Rezende (PMDB) 34%
Vanderlan Cardoso (PSB) 27%
 Adriana Accorsi (PT) 6%

Aracaju - SE (Paraná Pesquisa 26/09)
 Edvaldo Nogueira (PCdoB) 38,0%
 Valadares Filho (PSB) 25,8%
João Alves Filho (DEM) 10,0%

Boa Vista - RR (Ibope 15/09)
 Teresa (PMDB) - 74%
 Sandro Baré (PP) - 6%
Deputado Abel Galinha (DEM) - 5%

Rio Branco - AC (Delta 22/09)
 Marcus Alexandre Viana (PT) 49,9%
 Eliane Sinhasique (PMDB) 29%
Raimundo Vaz (PR) 2,7%

São Luis - MA (Escutec 23/09)
 Edivaldo Holanda (PDT) 45%
 Wellington do Curso (PP) 24%
Eliziane Gama (PPS) 8%

Vitória - ES (Ibope 17/09)
 Amaro Neto (SD) - 34%;
 Luciano Rezende (PPS) - 31%;
Lelo Coimbra (PMDB) - 14%;

Porto Velho - RO (Ibope 16/09)
 Léo Moraes (PTB) – 21%
 Dr Mauro Nazif (PSB) – 21%
 Roberto Sobrinho (PT) – 16%

Rio de Janeiro - RJ (Datafolha 27/09)
 Marcelo Crivella (PRB) - 29%
 Pedro Paulo (PMDB): 11%
 Marcelo Freixo (PSOL) - 10%

domingo, setembro 04, 2016

Adendo a postagem anterior - Projeções de 2016 e 2018


Vamos tentar acertar mais?
Poderia ter corrigido lá, mas não seria a mesma coisa. Vou dizer....#pontofalei , mas olhem a postagem anterior a esta. É parte do contexto. Eleições de 2016 e 2018: Clique e leia
Hoje dia 04/09/2016. Dilma cassada, mas com os direitos preservados causa uma grande confusão no país e uma insegurança jurídica.
Parece uma armação barata, de irresponsáveis e pessoas que não pensam nas instituições a quais pertencem, e nem no país.
Não entro no mérito, sou leigo, mas o artigo 52 é claro e a votação não poderia ser sido fatiada.
A pena da perda do mandato e dos direitos é indissociável.
E agora José?

  1. Os recursos melam a votação e processo todo?
  2. Fica como está e abre brecha par Cunha e para alguns próprios envolvidos?
Insegurança jurídica. Armação crassa, independente de quem a fez. Cuspiram na sociedade e nas pessoas de bens e rasgaram a constituição. 
Eles se esquecem das redes sociais e da mudança do fenômeno da comunicação.
Vou dizer o que uma grande maioria de pessoas bem informadas e bem intencionadas pensam: Insegurança jurídica, esperteza e malandragem que todos esperamos seja resolvida, na lei e em prol do país.
VOU DIZER EM BOLD E GRIFAR: A ÚNICA COISA CERTA NO BRASIL HOJE, INFELIZMENTE, É A IMPREVISIBILIDADE .

Vamos lá agora algumas considerações e adendos que faço ao Post anterior:
  1. Ciro Gomes, inefável e falastrão, pilantra e boquirroto que já votei antes deve ser uma dos players e fará barulho. Não ganhará a eleição.
  2. Joaquim Barbosa, um perigo, independente do que já fez na AP 470 (Mensalão) pode se apresentar.
  3. Outros nomes como Magno Malta, o senador do Espirito Santo, que saiu-se muito bem na mídia do impeachment.
  4. O PT pode ter José Eduardo Cardoso, que até pode ser a opção de outro partido, mas a legenda está queimada, nesta eleição vamos comprovar.
  5. Lula não será candidato, estará ficha suja ou preso. ESPERO.
  6. Na celeuma jurídica e na crise econômica que não estará debelada, podem surgir outros nomes, possível acontecer, mas pouco provável. 
Uma lembrete que fica aqui registrado, em bold e no grifo. A ECONOMIA SEU IMBECIL.

A performance da economia, que pode e deve ir bem, vai definir o rumo político, como foi agora para tirar o PT e como definirá o futuro das eleições e da força do governo.
A esquerda está queimada, e vai pagar pelos seus erros. Aliás, sempre pagou, mas o pior é que todos nós pagamos juntos.