domingo, janeiro 20, 2013

Caminhamos para Estagflação?


Li este artigo e fiquei preocupado. Clique e leia. - O título: Is Brazil Heading for Stagflation?

A estagflação é o pior do mundos: Inflação com recessão.

Uma parte:
Nós acreditamos que uma quebra estrutural na tendência de crescimento dos investimentos fixos é uma das principais causas do desempenho decepcionante do PIB real no Brasil.
 Identificamos esta pausa como acontecendo no início de 2012, exatamente quando o governo intensificou sua militância anunciando medidas protecionistas e de novas iniciativas de intervenção do setor.
Se o governo mantém o seu curso, e não consegue reacender espíritos investidores, investimentos fixos deve permanecer deprimido e a economia brasileira corre o risco de entrar em estagflação.

Ou seja, analistas internacionais criticam as intervenções recentes do governo e acusam como baixa do apetite de investidores. Natural e apavorante. Os investidores acompanham notícias do Brasil nestes veículos.

Considerando que as perspectivas de crescimento para 2013 não são boas, e a sinalização da inflação acendeu a luz amarela. Este quadro pode ser real. Espero que não seja.

O governo usa juros para combater inflação, mas em cenário de crescimento baixo nada poderá fazer. Esta é uma das armadilhas que nos esperam este ano.
Investidores estão cabreiros, piora o cenário de crescimento. O consumo e o crédito usados como ferramenta pelo governo já estão praticamente esgotados.
O desconto na energia, medida louvável por cortar encargos, pode ir para o ralo. Primeiro pelo custos da geração térmica,. segundo porque as indústrias podem não passar aos preços alegando já estarem sufocadas. Parte deste desconto pode ir ao consumo, continuando a tese deles de crescer assim, criar a ilusão que o Brasil melhorou e o povão também, mas sem sustentabilidade como 2012 começou a mostrar.

Estamos em uma encruzilhada que precisa esforço do governo em resgatar a credibilidade de não intervir na economia (como a MP 579) e trazer investimentos externos, mas o cenário será duro.
A manobra contábil para fechar o superavit primário denegriu ainda mais nossa imagem.
Precisamos cortar gastos públicos para frear a inflação, já que os juros devem ficar baixos na tentativa de promover crescimento. Petistas não gostam de cortar gastos, ao contrário.
Enfim, vamos torcer, mas o ano não começou com boas projeções, inclusive dentro do próprio governo.

Estagflação pode ser exagero, mas não pode ser descartado. Uma coisa é certa, e espero que esteja errado, 2013 pode ser ruim para todos nós. A conta que venho falando pode estar chegando forte.
Alguns críticos mais ácidos já falam que eles derrubaram os pilares da estabilização (metas de inflação, câmbio e superavit primário) e temos que convir que ambos foram para o espaço.
O projeto pessoal de Lula e de poder do PT pode ter feito um estrago maior do que imaginamos.

Inflação é o pior dos impostos e crescimento baixo a pior das injustiças sociais.

sexta-feira, janeiro 11, 2013

Comparativo simples entre o apagão de 2001 e a ameaça de 2013


Sem entrar em números precisos e evitando entrar demais em detalhes técnicos, vou tentar colocar algumas informações para que as pessoas possam entender um pouco o que acontece agora e o que aconteceu em 2001.
Como todos podem ver, nossa matriz energética de eletricidade é uma das mais limpas do mundo, se não for a mais limpa. As fontes são na grande maioria renováveis. Isso é bom, mas tem o outro lado da moeda, como é o caso aqui: Dependemos de água.
O setor tem tecnicamente dois períodos:
  1. Período úmido (U): será de 5 (cinco) meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de dezembro de um ano a abril do ano seguinte; 
  2.  Período seco (S): será de 7 (sete) meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de maio a novembro.
A água conseguida nos reservatórios durante as chuvas é usada no período seco e dai é importante de uma gestão competente para saber operar o sistema que é todo interligado atualmente. SIN é o nome, operado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema)- Clique e veja mais
Obs: Nosso sistema é um dos mais respeitados do mundo por esta interligação colossal.

As UTEs (Termoelétricas) usam carvão e combustível fóssil Óleo diesel e óleo Rasf) são consideradas de back up e para eventualmente alguma manobra do sistema. As usinas nucleares rodam normalmente aqui e em muitos países como a França são a base de sua matriz. Nos EUA a base é carvão e petróleo, China carvão e por ai vai, aqui a água.
O Brasil tem  várias  UHEs (Usina Hidroelétricas)140 usinas e previsão de mais 71 até 2017, destas todas, instaladas e em instalação, 28 são na região Amazônica. Existem também diversas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), inclusive relevadas há muito tempo por este modelo, O Brasil tem hoje um total de quase 2.475 empreendimentos gerando energia em fontes diversas, quase que 99% operados pelo ONS, porque alguns menores não são.
Detalhes, nosso centro de carga é o Sudeste e depois o Sul, aliás 70% de nosso PIB está localizado nestas duas regiões.
Para se evitar custos de transporte da energia, a transmissão, que custa caro e tem perdas, nossas usinas principais estão nesta região e Itaipu no sul. A Bacia do Rio Grande é a principal com, se não me engano, 14 usinas UHE. Para vocês terem uma idéia, as usinas do Rio Madeira, Santo Antônio e Girau vão ter linhas de 3.000 km para trazer energia até o centro da carga  aqui no Sudeste.
Um dado importante, sem entrar em dados muito técnicos: Existe um negócio chamado fator de capacidade, por exemplo, em média, das UHEs digamos 55%, das UTEs, 85%, da Eólica 35%, da solar 18%. Estes números são a ordem de grandeza das fontes porque para dar o exato FC da usina e da fonte precisa-se de mais dados e informações.
Enfim, ter uma capacidade instalada não significa que temos toda este energia para produzir e consumir e além disso as fontes tem produção sazonal, que não entrarei em detalhes porque é complexo. É PRECISO ADMINISTRAR E GERENCIAR ESTA ENCRENCA TODA. 

Em 2001 - Tínhamos um potencia instalada de  70 mil MW e em 2000 eramos o décimo segundo consumo mundial de energia. O Sistema não era totalmente interligado, faltavam linhas de transmissão em alguns sub-sistemas.
Havia algumas mudanças no modelo que relevaram a questão de planejamento e coincidentemente nesta época começou  o aumento do embate entre ambientalistas e autoridade e empreendedores que suscitaram atrasos em obras. Resultado: Não veio a chuva, os reservatório principais não tiveram a reposição do combustível, as obras planejadas furaram o cronograma, a água foi pouca e não tínhamos as UTEs para segurar a onda do sistema.Resultado: Crise enorme.
Detalhe interessante: No Sul os reservatórios vertiam água, mas por falta de linhas de transmissão não puderam trazer esta energia e amenizar o problema aqui no Sudeste. Naquela época, Janeiro de 2001, os reservatórios estavam com 28% da capacidade. Em julho de 2001 foi decretado o racionamento ou gestão da crise como falaram. Duraria até setembro de 2002, mas choveu muito em dezembro de 2001 e em fevereiro ele foi suspendo. O Brasil perdeu uma montanha de dinheiro, empresas, sociedade, todo mundo. Estima-se mais de 50 bilhões de reais, mas acho que este número é incomensurável.
Uma nota: A crise foi antecipada e muito bem gerenciada por Pedro Parente, chefe da casa civild e FHC. Se não fosse a gestão competente do comitê criado, o estrago seria maior. Isso custou caro a imagem de FHC e a eleição de Serra em 2002.
O Brasil cortou 20% da carne energética.


Em 2013 - Olhem os dados de nossos reservatórios- Fonte G1- Clique e leia:  Eles estão em níveis pré racionamento de 2001, ou seja com 28% da capacidade.
Algumas observações:
Nossa capacidade instalada hoje é de 120 mil MW, existem linhas de transmissão interligando todo sistema, mas os reservatório do Sul não estão bem como em 2001, ou seja o quadro é um pouco pior neste cenário.
Existem as UTEs. São 68 usinas, muitas delas criadas no apagão de 2001. Elas deveriam servir de backup como falamos, mas atualmente estão rodando, desde outubro de 2012.
Um dado importantíssimo: Vamos dizer que o custo médio da energia em geral (UHE, éolica, etc) é de R$ 100,00 por MW/h (é médio porque depende de outras variáveis para se dar o número preciso). O das UTE são em média R$ 600,00 MW/h e em alguns casos até mais, este é o médio.
Dai o problemão e o porque temos que usar a água. Quando as térmicas são usadas, o Brasil paga por isso e caro. Quanto mais usada, mais caro fica.

As chuvas virão, não temos dúvidas, mas a questão é quanto vai chover e quanto vai recompor os reservatórios. Segundo informações que ouvi, não mencionarei a fonte, se chover neste período que falta 80% da média do ano passado, ainda assim precisaremos das térmicas durante o ano de 2013, porque só seriam recompostos 50% do estoque de água.

O que aconteceu? Os reservatórios estavam bem, o Brasil não cresceu (PIb de 1% em 2012), o que houve?

É difícil precisar porque o setor elétrico é complexo demais, mas algumas conclusões falam de má gestão do SIN.
Uma outra tese vai na linha do viés ideológico de segurar tarifas, a tal modicidade tarifária, e para não jogar custos das UTEs e manter a modicidade, usaram mais água do que deveriam.
Outro problema é a questão de usinas a "fio d'água" com reservatório pequeno (por questões ambientais). Isso derruba a produtividade.
Atrasos de obras, por motivos diversos, inclusive questões ambientais de licenciamento, demandas jurídicas, MP, etc.
São muitas causas e a complexidade da questão não permite acusações ou conclusões precipitadas.
Uma coisa é certa: A crisew é séria. Existe um problema grave e complexo.
Estamos precisando de mais planejamento no Brasil, mesmo em outras áreas de infraestrutura.

Não deve haver racionamento, mas o problema persiste e deverá ser postergado para 2014.
Vamos continuar rezando e torcendo.
Como já disse e repito. Governos passam, modelos passam, mas a nação fica e precisamos pensar no futuro. Um apagão agora arrebenta este Brasil já tão cheio de problemas.

quarta-feira, janeiro 09, 2013

As eleições de 2014 começam agora?

Sim, é a resposta. Evidente que ainda em ritmo lento, mas nos bastidores as articulações estão se intensificando, na mídia a oposição começa a colocar sua cara atacando erros do governo.
Dilma enfrenta sérios problemas, não por culpa dela propriamente dito, mas por erros do passado recente.
Ela ainda é forte candidata, mesmo superando Lula, que eu simplesmente não acredito que vá colocar seu legado em jogo, ou melhor colocar em risco. Acho que muitas coisas ainda podem aparecer dele e seus companheiros.
A crise no setor elétrico é real, alertada há algum tempo, inclusive aqui. Culpa das chuvas? Claro que não, o Brasil padece de um mal em vários setores, principalmente na infraestrutura: Falta de Planejamento.
Assistencialismo dá voto, vide ai a história recente, mas a conta chega, veja exemplos mundiais e mais recentemente a Europa e os países socialistas que estão todos quebrados. O problema é que esta conta chega no futuro, quando estes políticos estão fora já, ai a conta é nossa, da nação.
Mas vamos lá, dá para especular, não digo prever o futuro, porque se pudesse estaria operando em Wall Street.

Candidatos prováveis:

  1. Pelo PT: Dilma ou Lula, com mais força para Dilma. Ela ainda é favorita, tem aceitação, mas enfrenta problemas sérios que podem atrapalhar seus planos. Em situação de desespero e pelo messianismo de Lula ela poderia ser para tentar "salvar" a pátria, dele e do PT.
  2. PSDB: Aécio é forte, Serra ainda pode querer atrapalhar ou até mesmo ir a um novo partido, mas ele esta morto politicamente. Perdeu várias eleições e como ex-governador e ex-prefeito com rejeição de 60%, ele não existe.
  3. PSB: A estrela Eduardo Campos desponta. Ele é cobiçado pelo PT e pelo PSDB, hoje tende a ir com o PT, mas ainda tem tempo e crises pela frente para uma decisão mais estratégica.
  4. PMDB: Deve ensaiar alguma coisa para se aliar a algum dos fortes, ele tende a ficar com o PT, mas se alguns meses antes sentirem que o barco pode estar furado, desembarcam e pular em outro, fácil. Eles não têm nomes que pudessem ter cacife para disputar solo.
  5. PSOL, PV: Devem lançar candidatos, como sempre, mas serão figurativos. Marina Silva foi um fenômeno isolado na última eleição que disputou, mais por rejeição aos outros. Hoje está sem partido e não acredito que tenha chance.
  6. Nanicos: Como sempre aparecem os oportunistas e arrivistas, mais como negócio do que como vocação política.
A surpresa e a minha previsão para ficar aqui registrado:

O PT enfrentará problemas e perderá sua dianteira. Aécio sabe que precisa atrair Eduardo Campos para ter chances reais, mesmo se o PT estiver mal das pernas. Ele poderá se compor deixar a cabeça da chapa para Eduardo campo, ficando de vice. Acabam a reeleição e ele vem em 2018. Isso pode agradar a estes dois mais fortes players hoje. Aécio é conciliador e Campos não é bobo. Escrevam ai, isso pode ocorrer de verdade e fica aqui minha previsão.
Se não acontecer, Aécio terá que concorrer, mas suas chances diminuem muito.
Claro que a política é dinâmica e como as nuvens, mudam a cada dia e a cada fato, exógeno ou endógeno.
Escândalos ainda podem aparecer, a popularidade de Dilma, Lula e o PT é instantânea, mas eles sabem que não podem se fiar só nisso e nas pesquisa de opinião. O jogo ainda não começou.
Acho que o PT, Dilma ou Lula estão e terão ainda com desgaste de material, como dizem, muito tempo no poder. Vide as votações recentes e pelo mapa de votos podemos concluir que o Brasil está literalmente dividido.
Vamos acompanhar a partir de agora, mas esta BOMBA se acontecer, estará registrada e escrevam ai. É a chance de derrotar o PT.

terça-feira, janeiro 08, 2013

O colapso na infra estrutura do Brasil - Rodovia Regis Bitencourt



Há muito vários segmentos reclamam da infraestrutura nacional. A opção pelo consumo como acelerador da economia em detrimento dos investimentos pesados na infra pode ser um dos problemas deste ponto a que chegamos, mas na minha teoria é outro. A FALTA DE PLANEJAMENTO.
 Não basta as histórias que ouvimos (ainda não vi pessoalmente) o problema da armazenagem e das estradas no MT, MS e TO da nossa safra agrícola. Segundo relatos de amigos que viveram a situação e matérias da mídia, o caos é total e bilhões são perdidos em tempo,desgastes e prejuízos mesmo.
Os aeroportos sou testemunha, tenho viajado muito e sou testemunha. Não temos mais capacidade para suportar a situação atual. Porque os EUA tão colossal têm raríssimos problemas nesta área?
As estradas, menos mal que foram privatizadas recentemente, estão ainda péssimas.Se melhoraram na qualidade das via, menos buracos, menos problemas, ainda gostaria de saber o que fazer para suportar o crescimento que experimentamos há alguns anos. Agora sou testemunha e posso contar, mais abaixo relatarei a minha verve para esta postagem.
Nos portos, o caos impera, mesmo com algumas iniciativas de melhoria, privatizações e expansão, mas temos o maior custos mundial ainda, em dinheiro e tempo.
O setor elétrico está em polvorosa com os riscos de racionamento, e celeumas diversas na busca de coisas que podem funcionar nas lousas, mas não no mundo real.
Andei estas férias na Régis Bitencourt, FIQUEI ESTARRECIDO, CHOCADO. Achei que era a época no ano, férias, festa, mas não é. NUNCA MAIS espero fazer isso. É risco de morte.
Veja a rodovia: Regis Bitencourt.

  1. São 496  KM ligando SP ao PR, ou seja, o Sudeste ao Sul do país.
  2. 72% do PIB nacional esta localizado no SUL e Sudeste.
  3. Não existe opção para ir de SP ao Sul ou vice versa sem passar pela Regis Bitencourt.
  4. A estrada fundada em 1961 mantem seu trajeto original com algumas poucas reformas.
  5. Menos mal que foi privatizada em 2006, mas em um modelo questionável por muitos. Quais são os investimentos  previstos? A Serra do Cafezal previa duplicação, mal e porcamente esta cheia de remendos.
  6. O tráfego de caminhões é impressionante, só vendo para contar. Sou testemunha e posso falar.
  7. Os engarrafamentos pelo excesso de tráfego são de parar horas. 
  8. Alguns trechos a velocidade média é de 40 km hora.
Ficaria aqui falando horas dos riscos e desmandos  mesmo estando a estrada privatizada, pois imagino o deveria ser antes.
O estres, os riscos de acidente a cada momento, as vidas perdidas não entrarão nesta minha estatística imaginária do prejuízo que o Brasil tem com esta rodovia.
Agora vamos lá na ferida:
  1. Como falar em trem bala de 40 bilhões de reais, 12 estádios para copa do mundo, olimpíadas  e esquecer de fazer uma nova estrada para as duas principais regiões do Brasil?
  2. Como falar em Brasil de todos quando nossa infraestrutura está em frangalhos e a prova para mim foi esta rodovia.
O governo e os xiitas vão dizer que as estradas estão lotadas porque o Brasil melhorou. Ok, não discuto isso. O Brasil de todos não fez mais de que sua obrigação, pois tudo foi ao seu favor, inclusive uma grande parte feita por outros governos e expropriadas por eles. Algumas opções foram equivocadas em algumas linhas de ação. Já defendi diversas vezes Lula, o PT e a Dilma, mas acho que seus erros ficaram maiores.
Eu não acredito em justiça social sem crescimento econômico SUSTENTÁVEL, não bolha com interesses populistas. Sem infraestrutura isso não existe. Muitos falam nisso há algum tempo: Não temos condições de crescer mais por gargalos na infraestrutura. Sou testemunha e posso contar. A Regis Bittencourt é a prova viva de que precisamos pensar e planejar a longo prazo. Isso foi a prova cabal de que estamos muito mal mesmo. 70% de nosso PIB tem custos elevados e riscos diversos por conta da logística rodoviária.
Se fizemos no passado opção errada pelas rodovias, agora é preciso remediar o problema. As privatizações são um pequeno alento, mas precisamos mais, esforço e planejamento do governo.
Sinceramente, eu abriria mão de alguns estádios, insanamente projetados para a copa, para fazer uma nova via de acesso paralela a Regis Bitencourt e se não der o dinheiro tira de outros lugares. Para o futuro deste Brasil ser como esperamos, com justiça social, oportunidade para todos e crescimento REAL de renda só com infraestrutura e planejamento.
 O resto é sofisma e conversa eleitoreira, marca que assistimos há muito tempo.
Não sei o que estão pensando lá em BSB, mas fica aqui registrado minha indignação e meu protesto.
Sou Brasileiro, torço para o Brasil. Os governos são transitórios, a nação não. Como cidadão não posso me calar, mesmo quando recebo agressões de xiitas e radicais que não enxergam um palmo a frente de seu nariz.

as confirmações das previsões de 2012 e as previsões de 2013




Como faço todo ano, olhem ai: Previsões 2012

Vamos lá, deixando claro que se todo mundo pudesse prever o futuro dos indicadores, o mundo seria outro, e eu pessoalmente estaria em Wall Street operando no mercado de NY.
Para nenhum "xiita" atacar vai ai a fonte: BOLETIM FOVUS do BC: Boletim Focus- 28/12/2012

Previsões para 2012
IPCA- 6,45% - 5,73% - Abaixo do previsto
IGP- 6,0% - 7,60% - Acima e estouro das metas
Juros- 11,00% - 7,25%  - Bem abaixo e explica-se pela ameaça de inflação, tanto que a meta foi estourada
US$ - 1,65 - 2,08 R$ com média de 1,96 R$, bem acima do previsto, e em tese deveria ajudar na balança comercial, que registrou péssima performance. Nota-se aqui isso pode ter ajudado na aceleração da inflação.
PIB- 3,5% - 0,98% - Fracasso total - Enquanto os BRICs bombaram nos patinamos
Saldo Comercial- US$ 12 bilhões ( vi projeção de US$ 3 a US$ 22). - 19,3 bilhões, abaixo das expectativas


Previsões 2013 - Fonte Focus janeiro 2013 e dados do mercado- Focus jan 2013

IPCA- 5,45%
IGP- 5,29 %
Juros- 7,5%
US$ - 1,85%
PIB- 3,0%
Saldo Comercial- US$ 14,6 bilhões


Comentários: Em 2012 tivemos problemas sérios de ameça da inflação. Não podemos precisar se pelo aumento do dólar ou pelo consumo que aliás está no final da sua reta ascendente.
O pior cenário é inflação com retração e isso aconteceu no Brasil. O Pibinho de 0,98% forçou o governo a abaixar juros que em outra mão incendeia a inflação.
A nota triste deste ano que passou foi o desempenho da indústria: - 2,36% (negativo).
Já disse aqui várias vezes: Não aproveitamos os ventos mundiais, apostamos no viés do consumo e crédito, ele se esgota e a prova esta ai. O crescimento econômico precisa ser sustentável, não pode ser transitório e servir interesses pessoais e eleitoreiros.

Para 2013- O Boletim Focus de Janeiro de 2013 (ele muda sempre e é dinâmico) prevê alguns números que me parecem otimistas demais.
Os indicadores de preços parecem em ascensão (isso é ameaça de inflação). Juros baixos que estimulam o crescimento podem ser problema sério porque o governo por conta da inflação e alta de preço terá que subi-los. Cambio estimado abaixo dos níveis de hoje, acho que o cenário hoje não recomendaria cairmos dos R$2,00, mas tomara que cais aos níveis projetados. Isso ajuda no combate a inflação.
PIB a 3% é otimista demais. Vi várias projeções negativas, enquanto alguns sustentam esta faixa de 3 a 3,5%...Mantega fala em 4%, ou falava pelo menos.
O saldo da balança acho que está subestimado nesta projeção. Como o câmbio está bem e as perspectivas mundiais são boas, melhores que 2012, podemos ter boas surpresas. A nota aqui é que o saldo de  nossa balança está muito atrelada a commodities e dependemos muito da Ásia, especialmente China.

A nota triste deste começo de ano é o risco de racionamento pelo nível dos reservatórios do setor elétrico. Segundo vemos na mídia eles estão no nível de 2001 quando tivemos o problema que arrebentou com o Brasil. Só São Pedro nos salva segundo a mídia.
Acho que o colapso na infraestrutura é geral no Brasil. Vou escrever sobre isso. Temos problemas sérios nos portos, estradas, aeroportos e energia, por isso fica difícil imaginar um PIB de 3,5% este anos. Espero estar errado.